Muqui

O município

Segundo a literatura, os indígenas puris localizavam-se de forma mais constante na região sul do Estado do Espírito Santo. Algumas pesquisas informam que os exploradores indicavam nas suas rotas um rio chamado de “Mucuim” ou “Micuim”; que segundo os puris seria uma espécie de carrapato avermelhado facilmente encontrado às margens do rio. Acredita-se que com o passar dos anos, e com as intervenções do homem branco, o nome foi transformado para: Muqui, mas agora com outro significado. Famílias tradicionais não queriam ser reconhecidos como “carrapatinhos” ou moradores de um lugar de muitos carrapatos. Daí surgiu uma interpretação de que Muqui significaria entre morros, informação sem valor histórico. Com a exploração das terras, os europeus avançaram para dentro das matas, ocupando áreas, forçando os indígenas ao trabalho e sedimentando espaços de dominação, que se transformaram em fazendas, vilarejos e povoados.

Com a chegada das famílias ricas, rapidamente o território se desenvolveu com a instalação de tudo o que fosse necessário. Objetivando mostrar poder, essas famílias construíram casas, palacetes e casarões nos moldes europeus. Foi essa herança que fez com que Muqui se transformasse no Maior Sítio Histórico do Estado do Espírito Santo.

Suas tradições indígenas e populares, influenciadas pelos olhares europeus, formaram um centro cultural ao ar livre. Muqui é considerada a capital cultural do ES. O município sedia o Encontro Nacional de Folias de Reis, o Carnaval Folclórico dos Bois Pintadinhos e o Caxambu da Família Rosa de Muqui. Em 2012 nasce o Festival de TV e Cinema impulsionado pelos debates gerados pela economia criativa.
Fazendo justiça à História, hoje Muqui produz o melhor café conillon do Brasil, premiado pelo segundo ano consecutivo. Visite Muqui, a cidade criativa do ES.

Muqui - 22 de outubro de 1912